Super-Homem: Funeral para um Amigo

De longe a minissérie mais emotiva da saga da morte do maior herói da Terra.Repleta de momentos marcantes, a começar pela capa de Dan Jurgens e Bret Breeding, mostrando o Super-Homem voando em direção ao sol com os dizeres O Fim.Louise Simonson novamente acerta na dose ao focar nos Kent o elemento mais emocional da trama.Impossível não se sensibilizar com a dor do casal de velhinhos diante da perda não do herói alienígena, mas de um filho.A Marcha funebre dos heróis é sem comentários. E com uma sutileza sencassional é possível perceber a depressão de Batman, entre tantos heróis.A autora acerta em cheio ao pontuar a história com flashbacks da infância de Clark ao lado dos pais e da cena-chave, em que Jonathan estimula o filho a usar uma identidade secreta após ele se revelar ao mundo, extraída diretamente de O Homem de Aço, de John Byrne.A roteirista ainda dá um "oi" para Superman - O Filme ao apresentar Jonathan Kent tendo um enfarte, fato que parece recorrente na mitologia do personagem, vide seu recente destino em Smallville.Dan Jurgens encerra a trama do seqüestro do corpo, intercalando o desfecho com o socorro médico a Jonathan Kent, além de, pela primeira vez, tocar na premissa de que Clark Kent foi dado como desaparecido pelas pessoas em Metrópolis após a batalha entre Super-Homem e Apocalypse.Ganha destaque Lex Luthor II, que na verdade é o bom e velho inimigo do kryptoniano com um novo corpo e se passando por seu "filho". O personagem dá um show de vilania e ódio ao Super-Homem, demonstrando toda sua sociopatia ao matar uma jovem treinadora simplesmente para mostrar que, sem o defensor da cidade na ativa, estava livre para ser novamente o dono de Metrópolis e fazer o que bem entender.Jurgens se vale de um belo momento quando o corpo é novamente sepultado, ao fazer Lois imaginando seu casamento com Clark, acontecimento que ele mesmo iria roteirizar e desenhar quatro anos depois.É justamente Lois Lane quem ainda desfrutava de sua melhor caracterização quando esta saga aconteceu, algo que foi uma constante até a fase posterior ao casamento e que, infelizmente, vem se arrastando durante os últimos anos, gerando protestos e mais protestos dos fãs.Aqui, a repórter é retratada como deve ser: uma mulher obstinada, corajosa, porém apaixonada e extremamente dedicada ao namorado e à sua memória.Não há grandes surpresas na arte da última história. Dan Jurgens e Bret Breeding mantêm uma unidade bastante agradável na qualidade. Já Jon Bogdanove completa a mudança de estilo e apresenta um desenho mais rápido, menos trabalhado e abusando das hachuras para dar volume aos cenários e personagens. Não compromete a trama, mas é inegável que seu estilo anterior era mais charmoso e elegante.A minissérie termina de forma apoteótica, com Jonathan Kent tendo morte clínica enquanto enxerga Kal-El vindo ao seu encontro...
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